quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O horizonte é azul


                                          The Lake of Zug, 1843, Joseph Mallord William Turner 
                                                 a imagem veio daqui




Entremeados em vínculo
de ignorada fonte, tanto
ódio, num átimo, pode
ser amor


quem dera deitar a ânfora

de meus versos e dar-te 
leite, mel e o sal da terra

por hora  te digo:

segue e ama. 

……..


Domas o cavalo baio da palavra

com a lida de quem domou 
a si e tem a leveza de
sinos soltos nas tardes

até se olvida o peso do

artefato de bronze 
em tua base

mas algo em ti se liquefaz

e se decompõe em arte
que esgarça a singeleza

à semelhança de um deus

que cria enquanto se perde
em subversivos horizontes. 


Ana Lúcia Franco, 2012

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