domingo, 16 de dezembro de 2012

Profanas



Profanarás as que, à semelhança de 
tua mãe,

no dom de doar a vida,
com a morte à espreita,

dada  ao eminente exercício do
renascimento.

            Amar não é  banal,
            nem mimetismo de 
espera 
            e dor
            
E se sabe que só assim 
            se renasce: amando. 

Merecem de ti senão amor, silêncio,
as que, à semelhança de tua mãe,
vaquejam, granjeiam
cozinham, tecem

calam ou esperam.

Ana Lúcia Franco, 2011


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