sexta-feira, 16 de agosto de 2013

A flor de carne


A flor entre teus dedos,
a lanças em mim
sempre que nasço

plasmas o mundo
e seus afluentes 
de terra e sangue

plasmas a noite
e o que o vaga
inconsciente 
feito de sonho 
e de espanto

(e o dia em que
despertos, dormimos)
  
plasmas destinos
até que se nasça
     outra flor 
sempre, por ti, 
         criada.

Ana Lúcia Franco, 2013


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