a bailarina saltou da caixa de música
não bailava, tremia
autopiedade: sombria dança
sem melodia
saltou a bailaria e sua côrte
de metal
o movimento: coreografia
em bemol
a medida em que dançavam
a si pisavam
a si feriam – a bailarina e sua
côrte de metal
a medida em que teciam
o labirinto de fel
ali se perdiam
a bailarina manca e
sua côrte
de metal.
Ana Lúcia Franco, 2012
Um comentário:
Bela poesia. Sente-se a música.
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