Não se entregue a qualquer um -
baby - o ar da madrugada
intumesce cantos de sereia
não participe de conchavos, lobos
(em peles de cordeiros) não são
amigos de ninguém
a solidão pode não ser tão óbvia -
erva daninha - recria-se pelos
desvãos, pelos inversos
frestas
o silêncio depois do
dele(i)te
emerge quando o botão
do power
é premido.
..........
não se iluda – baby - viver é tão vasto
e a solidão talvez nem exista..
Ana Lúcia Franco, 2012
3 comentários:
Cabe bem numa música esse poema, Marli. Ele tem um tom blusístico, realçado por esse "baby", que dá pra tirar umas notas sim. É bom que ele encontre um compositor a fim dum poema prum som assim.
Desconsidere o comentário anterior, pois confundi vc com a Marli Franco. Foi mal e chamei-a de Marli. Desculpe-me.
Esse poema tá com cara de blues, Ana, ainda mais quando vc usa esse "baby". Bela composição. Espero que encontre um compositor à altura desse texto.
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