(Lovers tarot, de Jane Lyle)
Poderia buscar a pedra
filosofal nas artérias
do teu corpo, do meu corpo
ou em tudo que, contido,
deve transluzir
poderia vislumbrar nos horizontes
âmbar liquefeito e ametistas diluídas
ou me deixaria capturar, docemente, por
alguma invenção de Deus..
depois verteria – talvez -
algumas palavras a que
chamaria versos
num movimento de me
debater em mar invisível
ou para tanger o que se perde
no parco e necessário cotidiano,
onde há quem pareça dormir
mas é certo que buscarei
no tempo alguma realização
mesmo que falha
o tempo faz perecer
embora não seja irreal
insensatez olvidar do
q'ele esgarça e tritura
o tempo que abriga os
arcanos da transformação.
Ana Lúcia Franco, 2013
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